sábado, 26 de dezembro de 2009

Seu segredo

Você passa com seu andar desajeitado
Ninguém repara, eu sei.
Você olha para o lado, me vê.
Ninguém percebe, eu sei.
Você finge um sorriso sincero.
Ninguém entende, eu sei.
E espera minha reação.
Ninguém conhece, eu sei.
Você senta encabulado.
Ninguém pergunta, eu sei.
Continua olhando pro lado.
Ninguém se assusta, eu sei.
Abre a boca, mas nada parece sair.
Ninguém te ajuda, eu sei.
Pensa em desculpas pedir.
Ninguém pediria, eu sei.
Faz olhar de coitadinho.
Ninguém cairia, eu sei.
Se imagina "o bonitinho"
Ninguém mais acha, eu sei.
Então chega hora de ir embora.
Alguém te espera, eu sei.
De mãos dadas saem andando.
Ninguém liga mais, eu sei.
Você se pega pensando.
Ninguém mais pensa, eu sei.
Na opção dois parada olhando.
Ninguém além olha, eu sei.
Enjoou da opção um?
Cuidado
Eu sei, sempre sei.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Só mais um grito de saudade

ERA PARA SAIR NO JORNAL, MAS A FOTO DOS MENINOS FAZENDO "VEM" COM A MÃO FICOU NO LUGAR DESTA HOMENAGEM, ENTÃO DEIXAREI AQUI PARA QUE FIQUE ETERNIZADO...
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Quando o professor nos passou que o trabalho do 3º Bimestre seria uma ação social, acreditei que seria algo difícil e inútil; mas quando meu grupo me elegeu como líder percebi que teria um grande desafio pela frente: aprender a dar ordens, arcar com responsabilidades, avaliar justamente meus colegas dando-lhes notas e ainda convencê-los a livrarem-se do desânimo perante a inutilidade que víamos na arrecadação de livros.

Agora que acabou, percebi que a o legal da coisa era reunir o grupo, misturar listas, recontar diversas vezes os mesmos livros cheios de poeira, surtar, discutir, rir, discutir de novo, matar parcialmente a fome dividindo um marmitex. Descobri que a graça não estava nos livros ou nas listas, mas esteve sempre no outro ao nosso lado.

Nâo sei se daqui dez anos nos lembraremos das notas que tiramos neste trabalho, mas espero que nunca nos esqueçamos dos momentos passados juntos, sobretudo pelo fato de que para nós, terceiranistas, cada suspiro que damos nesta etapa final seja um grito desesperado de saudade.

Cláudia, Andriely, Daianny, Isabela, Filipe, Gabriela, Kaleb e Mayara, amei trabalhar com vocês. Poderia até dizer que nosso grupo foi dez, mas acho que estamos mais para 1012.


Rosiani Bueno de Oliveira
Líder do grupo PAS - Projeto de Auxílio Social

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mudanças

Creio que vocês perceberam que as coisas estão meio que diferentes por aqui, mas é que tendo experiências com outros blogs, descobri que modificar o meu era uma necessidade gritante.

Ainda não está finalizado, mas espero que gostem da nova cara.

A novidade da vez é que agora vocês podem ler notícias com os links que há no blog sobre diversos assuntos. Meu blog também é cultura!

Agradeço a força de todos e em breve novas!

sábado, 1 de agosto de 2009

Mais que um sonho, uma história

Sonho desde pequena com um mundo diferente, em que as pessoas não vivam na eterna sensação de medo.

É fato que cresci e talvez deva admitir que me tornei igual aos demais: do tipo revoltada que só observa e reclama das balbúrdias do mundo e nada faz. Porém, quando tento voltar à minha essência me deparo com o sentimento revolucionário guardado dentro de mim, simplesmente à espera de um pedido de ação, de uma oportunidade de agir.

Posso ser jovem e inexperiente e meu sonho de realizar os sonhos dos demais pode até ser utopia, mas carrego dentro de mim a característica vital a todos aqueles que se fizeram grandes na história da humanidade: o desejo de mudar, de tentar, de lutar e de ser. Mas de mudar para a melhor, de tentar sem desistir, de lutar pelo bem de todos e de ser eternamente.

Rosi Bueno

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um Avião

186 pessoas. Um avião.
Uma derrapagem. Uma explosão.
Uma grande labareda logo surgiu
Tão grande que mesmo distante se viu.

Alguém gritou: Explodiu! Explodiu!

Mais dezenas de pessoas foram atacadas
Quase a maioria, carbonizadas.
Do alto do prédio se via o desespero,
Dois sobreviventes, um grita primeiro:

Bombeiro! Bombeiro!

Centenas de bombeiros lutando bravamente.
Contra a enorme labareda de fogo ardente.
Pouco distante dali, num rádio se escutava
A lista dos passageiros. A família agonizava:

Gritava! Gritava!

De longe, não saberei expressar
O que amigos e parentes tiveram de passar.
Mas quando se pára para ouvir o vento,
Escuta-se a tristeza desse duro momento:

Sofrimento... sofrimento...

Rosi Bueno

Feito no dia 17/07/2007, portanto, perdoai-me caso tenha cometido algum erro... Mas, foi feito de coração.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Birthday...

Agradeço a todos as pessoas que tanto amo e que insistem em fazer desse dia o melhor de todos em minha vida...

Deus abençoe a todos e que recebam em dobro tudo que me deram e que me desejam.

Com todo amor...

Rosi Bueno, Rosi, Rô, Rozinha, Bibica, Baby, Babyca, enfim, o resto nem lembro...

domingo, 10 de maio de 2009

Nada sei

Só sabe a dor do parto, a mulher.
Só sabe o que é mentira, quem nasceu.
Só sabe o que é presente, quem o der.
Que sabes tu? Que sei eu?

Só sabe o que é sonhar, quem não realizou.
Só sabe o que é sabor, quem comeu.
Só sabe o que é fome, quem passou.
Que sabes tu? Que sei eu?

Só pode ser alegre, quem amou.
E aquele que amou também sofreu.
Só sabe o que é o sorriso, quem chorou.
Que sabes tu? Que sei eu?

Só sabe o que é ser negro, quem o é.
Só sabe o que preconceito, quem recebeu.
Só sente quem é Deus, quem tiver Fé.
Que sabes tu? Que sei eu?

Só quem não a tem que vê valor na água.
Só sabe o que é dor, quem padeceu.
Só quem errou que sabe a dor da mágoa.
Que sabes tu? Que sei eu?

Só sabe o que é arder, quem se queima.
Só sabe o que é medo, quem viveu.
Só sabe o que é o Poder, quem reina.
Que sabes tu? Que sei eu?

Só sabe o que é mentir, o enganado.
Só sabe o que é a vida, quem morreu.
Só sente o que é amor, o não amado
Que sabes tu? Que sei eu?

Nasceu. Comeu
Sofreu. Recebeu.
Padeceu.
Viveu. Morreu.

Se nada sabes tu, muito menos o sei eu.


Rosi Bueno

sábado, 4 de abril de 2009

Necessidades:

+ Vida – XXI

Eu quero menos email e mais carta;
Eu quero mais bilhetes e menos sms;
Eu quero mais “que legal!” e menos “chata!”
Eu quero mais “vem cá...” e menos “esquece!”

Eu quero menos MSN e mais olho a olho;
Eu quero menos i-pod e mais sua voz;
Eu quero mais trigo e menos joio;
Eu quero menos só você e mais só nós.

Eu quero menos revistas e mais livros bons;
Eu quero menos “gata” e mais “querida”;
Eu quero mais silêncios e menos sons;
Eu quero menos a cópia de life e mais o nosso original de vida.

Eu quero menos scrap e mais sussurro;
Eu quero menos You Tube e mais violão;
Eu quero mais claro entre nós e menos escuro;
Eu quero menos fingimento e mais coração.

Eu quero mais parque e menos academia;
Eu quero menos desculpas e mais amasso;
Eu quero mais contentamento e menos melancolia;
Eu quero menos emoction e mais abraço.

Eu quero menos Nickname e mais meu nome;
Eu quero menos revolta e mais perdão;
Eu quero menos internet e mais telefone;
Eu quero mais ciúmes e menos traição.

Eu quero menos clichês e mais improviso;
Eu quero menos Google e mais enciclopédia;
Eu quero mais surpresa e menos aviso;
Eu quero consultar mais idosos e menos Wikipédia.

Eu quero mais almoço em família e menos cinema;
Eu quero mais compromisso e menos rolo;
Eu quero mais entendimentos e menos dilema;
Eu quero menos “ficar” e mais namoro.

Eu quero menos drink e mais bebida.
Eu quero menos felling e mais sentimento
Eu quero menos fast-food e mais comida
Eu quero menos “se juntar” e mais casamento.

Eu quero mais sonhos bons e menos dura realidade;
Eu quero menos tec e mais retrô;
Eu quero menos mentira e mais amizade;
Eu quero menos paixonite e mais amor.
*Rosi Bueno*

quarta-feira, 1 de abril de 2009

ODE(io) A(o) SOL

Ó Sol, que vens com seu terno brilho,
que já vens a janela adentrando
e o local onde fico iluminando,
deixa-me fraca, febril e sem estilo.




Ó Sol que me ilumina, me esquenta.
Tu, que já vens abençoar meu ser
com seu brilho, seu calor; Penso atenta:
por que, então, atrapalha-me a aprender?




Que seria de nós sem tu n'altura?
Se te acabasse, morremos de dor.
Mas se tu me matasse de calor,
no máximo, me choram à sepultura.


Sol e pó de giz que acabam comigo:.
me fazem perder o ar e a razão.
Estou a procurar algum abrigo
até que acabe este outonoverão.


Ó Sol, tu que é tão alto e tão belo,
enquanto eu tão fraca e sem valor.
Mas estou a arrancar-me o cabelo
para te trocar pelo ventilador.


Sol, que cresce a planta, que as águas seca
e que atiça em aula o meu delírio,
como é tão penoso este meu martírio
para, ao fim, poder usar a tal beca.


"Eis o poder do Sol em um poeta".


*Rosi Bueno*


01/04/2009 na aula de Química...

domingo, 29 de março de 2009

Ideal

Escrever é fácil;

Ser lida também;

O difícil é ser relida.

É este o meu maior e mais utópico ideal.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Confortos da madrugada

"Além do Sonho do Além"

Rosto brilhante
sorriso terno
aquele instante,
para mim, foi eterno.
Fujo... Medo!
Você chama. Volto por saudade.
Abraço-te e nosso segredo
não é maior que essa felicidade.
Quando menos espero
Você some do abraço, vai embora.
Ficaram somente as palavras: "Não desista, te venero.
Não desista, não é tua hora!"
Se foi. E agora?
Dedicado ao meu primo Silas
*Rosi Bueno*

domingo, 11 de janeiro de 2009

Luz da Sabedoria dispensa Riquezas

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Cinco minutos reflexivos

Ao redor
Parede descascada
Cadeiras sem encosto, mesas sem pernas.
Livros velhos e empoeirados nos fazendo tossir
e mais uma sorte de objetos inúteis, mas que nos maravilhavam tanto!


Janela alta - só se via o céu -
com vidros quebrados que não nos protegiam do frio.
Ventilador velho que não aliviava o calor;
- mas que nos orgulhávamos em possuir -
Sonhos perdidos em meio a confusão de baldes para a goteira
de uma despensa / sóton / sala de aula.



Metade de uma porta
"pra quê fechadura?"
É como bordar roupa puída...



Se ao menos tivesse luz!
Se bem que a luz vinha lá da frente
Das sábias palavras de um sábio mestre
que não foram ouvidas e, muito menos, gravadas por nós.
Mas sei, ele já ganhou seu galardão.
Nós também.
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Era o famoso
"cinco minutos de sermão após a bagunça do recreio".
Professor teimoso!
Não sabia que no outro dia desobedeceríamos
tudo o que havia sido dito?

O sermão acaba.
Minha mente volta ao corpo se esquecendo de tudo ao redor...
É preciso concentração na aula.


Letras e mais letras na parede sem lousa
Tanto Saber empurrado nas nossas cabeças sem mácula!
E Ao nosso redor
Uma "sala" em condições precárias.


Éramos crianças tão felizes!


Rosiani Bueno de Oliveira

Uma lembrança dos tempos de primário veio como uma foto em minha mente...A Saudade dos colegas e professores que nunca mais vi juntamente com a admiração que tenho das coisas simples e sem luxo, me deram a inspiração para escrever este humilde poema.
Quase uma década depois e me concedo estes cinco minutos de lembranças.
Éramos, sem dúvida, crianças felizes.