Que vontade de escrever
“I don’t care” na minha cara
(Mas sei que You don’t quer)
pois estou de saco cheio
dessa luta partidária.
Não é fazendo apologia
a negar o que há então
que se usa bem a voz,
que explore o Q da questão.
O que há por trás é relevante,
mas seu modo delirante
- de “pára tudo!” todo instante -
só nos traz mais opressão.
Não é por ser esquerdista,
direitista, bipolar
que me vejo no direito/
obrigação de aceitar.
Não que eu seja “alienada”
“tá por fora”, “sabe nada”
e nem mesmo acomodada...
É meu jeito de lutar.
Mas só me deixe escrever
“I don’t care” na tua cara
(ta ok, You don’t quer)
Isso sim é que lutar
É assim que o mundo pára!
Não, não venha condenar
Aquele que não “se atreve”,
Pois não é parando tudo
Que se faz a boa greve.
E vou dizer, aliás
Penso que é fácil demais
Sair andando pra trás
Pensando que história escreve.
Seu discurso grita a rua
Grita o pátio, grita a sala
Mas não convence, eu já disse
Pois sei que é fogo de palha.
Sua ofensa reprimida
Nessa folha imprimida
Faz ficar deprimida
Toda árvore que valha.
Então me deixe gritar
“I don’t care” pra aquele cara.
(Mas sei que You don’t quer)
o convencer que essa luta
É uma coisa secundária.
Direito do negro, do homem,
Do professor, da mulher.
Tudo isso faz sentido
Se se sabe o que se quer.
Mas ficar só atacando
o outro partido, brigando
(minha aula atrapalhando)
É só que I really don’t care!
E se a moda agora é
flor na rua e pé no chão,
você fica nessa tua
e não me tire a razão:
justamente do contrário,
meu amigo greviário,
farei o etinerário
da minha revolução.
(2010)
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Mentira que aquele ali é meu nome!
Passei? Passei na USP?
Faltava ainda cinco minutos para as 16hrs e eu já apertava F5 descontroladamente no site da FUVEST. Eu era um misto de insegurança, desespero e Fé.
Sai a lista. O nome Beatrice, lido às pressas, deu-me força para continuar a procura, mas é tão difícil chegar no R! Por um segundo achei que não estaria; então vi dentre um zilhão de nomes, aquele que meus pais haviam escolhido me dar. Estava lá, na lista dos aprovados na melhor Universidade do país!
Entrei em transe, lágrimas saíam dos meus olhos e louvores da minha boca. Palavras de parabéns vinham de todos os lados: MSN, telefone, celular, e-mail, pessoalmente... Todas tão importantes, mas ainda assim eram como ecos na minha mente, pois a ficha não caía – e creio que só cairá quando estiver estudando de fato. O caso é que a sensação que fica, quando se coloca a cabeça no travesseiro para dormir, é de que todo esforço foi recompensado.
E se eu pudesse deixar um recado para os futuros vestibulandos, eu diria para crerem que é possível, sim, alcançar esse sonho. Basta um pouco mais de disciplina, esforço, saber aproveitar o material maravilhoso que recebem todo bimestre – 90% das respostas que precisará, estará lá; os outros 10%, nos noticiários – e, sobretudo, dar valor àqueles seres de giz na mão e sabedoria na cabeça – pois sentirás, como eu, muita falta disso tudo. E com o desafio de não deixar de aproveitar o inexplicavelmente maravilhoso último ano de escola.
E sabe o que é o melhor de tudo? O brilho nos olhos de orgulho daqueles que nos querem bem: seja um ente querido, seja um amigo, e seja até mesmo um professor.
Acreditem, não há nada no mundo que pague esse momento.
Rosiani Bueno de Oliveira – aprovada no curso de Letras na Universidade de São Paulo
Faltava ainda cinco minutos para as 16hrs e eu já apertava F5 descontroladamente no site da FUVEST. Eu era um misto de insegurança, desespero e Fé.
Sai a lista. O nome Beatrice, lido às pressas, deu-me força para continuar a procura, mas é tão difícil chegar no R! Por um segundo achei que não estaria; então vi dentre um zilhão de nomes, aquele que meus pais haviam escolhido me dar. Estava lá, na lista dos aprovados na melhor Universidade do país!
Entrei em transe, lágrimas saíam dos meus olhos e louvores da minha boca. Palavras de parabéns vinham de todos os lados: MSN, telefone, celular, e-mail, pessoalmente... Todas tão importantes, mas ainda assim eram como ecos na minha mente, pois a ficha não caía – e creio que só cairá quando estiver estudando de fato. O caso é que a sensação que fica, quando se coloca a cabeça no travesseiro para dormir, é de que todo esforço foi recompensado.
E se eu pudesse deixar um recado para os futuros vestibulandos, eu diria para crerem que é possível, sim, alcançar esse sonho. Basta um pouco mais de disciplina, esforço, saber aproveitar o material maravilhoso que recebem todo bimestre – 90% das respostas que precisará, estará lá; os outros 10%, nos noticiários – e, sobretudo, dar valor àqueles seres de giz na mão e sabedoria na cabeça – pois sentirás, como eu, muita falta disso tudo. E com o desafio de não deixar de aproveitar o inexplicavelmente maravilhoso último ano de escola.
E sabe o que é o melhor de tudo? O brilho nos olhos de orgulho daqueles que nos querem bem: seja um ente querido, seja um amigo, e seja até mesmo um professor.
Acreditem, não há nada no mundo que pague esse momento.
Rosiani Bueno de Oliveira – aprovada no curso de Letras na Universidade de São Paulo
domingo, 17 de janeiro de 2010
“EU CONHEÇO O MEDO DE IR EMBORA, O FUTURO AGARRA SUAS MÃOS...”
Queridos colegas do 3º Médio
Queria dedicar estas palavras a todas que, de um jeito ou outro acabaram fazendo parte de minha vida durante todo este tempo: meus amigos do ETN.
Não vou dizer que antes de vocês eu não sabia o que era amizade. Não. Mas foi com vocês que eu aprendi como que se pode chamar a escola de segundo lar e os amigos de família.
E o fato de que inevitavelmente acabaremos nos acostumando a viver sem tudo isso, não diminui a importância que cada um de vocês tiveram, não só na minha vida, mas na vida de todos que souberam aproveitar os bons e maus momentos passados juntos. E, já que a separação nesta terra é inevitável, fico feliz em perdê-los para a vida, essa vida que aguarda cada um de nós no ano que virá.
Quando a gente era pequeno, não importava tanto se era fim de semana, se os políticos estavam roubando ou se tínhamos de responder à pergunta do que queríamos ser quando crescêssemos. Mas o tempo passou e, como dizem, crescer dói. E, quando a gente menos espera, já estamos fazendo escolhas, saindo da aba dos pais, pensando com maior responsabilidade em nossos sonhos. Isso dá medo. Dá medo porque o futuro já não é mais tão distante como antes e nós, sozinhos, temos de decidir qual caminho traçar. “E se der errado? E se eu não agüentar? E se não for bem isso que eu queria?”. Medo, medo... A verdade é que nunca saberemos sem tentar. Então tentemos! Nem que seja para cair e levantar as milhares de vezes que for ou tenhamos que receber todos os tapas que a vida nos dará. Mas não há outra forma de construir o caminho se não for caminhando.
Sabemos que daqui para frente haverá dias que a pessoa ao nosso lado não estará preocupada se estamos com sono ou tivemos algum problema familiar, muito menos se perdemos alguém querido ou se estamos para ser reprovados. E, na busca de um consolo, olharemos as fotos tiradas num tempo em que tudo era mais fácil. Tentaremos entender o que mudou de lá para cá e até mesmo faremos esforço para lembrarmos o motivo daquele sorriso sincero... Isso tudo fará com que desejemos ainda mais nosso mundo de volta e sentiremos uma saudade avassaladora dos amigos que se importavam conosco. E então, depois de um tempo, o que estava errado se arruma, a crise existencial passa e esse instante de saudosismo será visto como apenas um momento de fraqueza.
Exagero? Será que realmente nos lembraremos de ligar uns aos outros no meio da vida conturbada de um administrador, de uma professora, de um advogado, de um turismólogo? Será que faremos questão de lembrar dos aniversários uns dos outros ou quiçá ir visitar um amigo sem nem ligar para o seminário na faculdade do dia seguinte?
Por mais que digamos que “sim, sim, sim”, no fundo sabemos que “não, não, não”. A vida continua, os estudos continuam, o trabalho chega e as pessoas que outrora foram tão especiais e insubstituíveis se apagam com o peso do tempo; e aqueles momentos inesquecíveis, os melhores e mais engraçados de nossa vida, vão se perdendo até se tornarem simples lembranças.
E se a lembrança é a única coisa que restará de nós para nós nos próximos anos, o meu pedido é que realmente as guardem com carinho.
Nunca me esquecerei do dia que ganhamos finalmente a Feira Cultural e saímos pulando pela escola gritando “Por que não? Por que não?”. Nunca me esquecerei das lágrimas que vi cair dos olhos de muitos, nem dos olhos vermelhos daqueles que, como eu, não quiseram se entregar ao pranto. Nunca me esquecerei das músicas cantadas, com ou sem violão e nem da vez que ficamos até tarde comendo pizza até passar mal. Não consigo me esquecer da conversa que tivemos depois da feira e nem mesmo do último dia de aula, que ninguém queria ir embora. Isso para não fala da formatura inesquecível que tivemos. Às vezes até me pego cantando as músicas que vocês inventam para zoar as pessoas e não consigo parar de pensar nos apelidos mais malucos e nas pérolas mais incríveis que meus ouvidos já tiverem de agüentar. Lembrarei-me de vocês como pessoas que fizeram a diferença no momento que estiveram comigo, pois querendo ou não, cada um de nós faz parte da história um do outro e espero que todos peguem sua lição disso.
Acredito no sucesso de vocês, peço que vocês acreditem também.
Com todo o carinho que alguém poderia ter, dedico a vocês, meus amigos do 3º Médio do ETN & Objetivo, este primeiro texto de 2010, e mais todos os outros que virão nos próximos anos.
Amo muito todos vocês,
Rosi Bueno
Queria dedicar estas palavras a todas que, de um jeito ou outro acabaram fazendo parte de minha vida durante todo este tempo: meus amigos do ETN.
Não vou dizer que antes de vocês eu não sabia o que era amizade. Não. Mas foi com vocês que eu aprendi como que se pode chamar a escola de segundo lar e os amigos de família.
E o fato de que inevitavelmente acabaremos nos acostumando a viver sem tudo isso, não diminui a importância que cada um de vocês tiveram, não só na minha vida, mas na vida de todos que souberam aproveitar os bons e maus momentos passados juntos. E, já que a separação nesta terra é inevitável, fico feliz em perdê-los para a vida, essa vida que aguarda cada um de nós no ano que virá.
Quando a gente era pequeno, não importava tanto se era fim de semana, se os políticos estavam roubando ou se tínhamos de responder à pergunta do que queríamos ser quando crescêssemos. Mas o tempo passou e, como dizem, crescer dói. E, quando a gente menos espera, já estamos fazendo escolhas, saindo da aba dos pais, pensando com maior responsabilidade em nossos sonhos. Isso dá medo. Dá medo porque o futuro já não é mais tão distante como antes e nós, sozinhos, temos de decidir qual caminho traçar. “E se der errado? E se eu não agüentar? E se não for bem isso que eu queria?”. Medo, medo... A verdade é que nunca saberemos sem tentar. Então tentemos! Nem que seja para cair e levantar as milhares de vezes que for ou tenhamos que receber todos os tapas que a vida nos dará. Mas não há outra forma de construir o caminho se não for caminhando.
Sabemos que daqui para frente haverá dias que a pessoa ao nosso lado não estará preocupada se estamos com sono ou tivemos algum problema familiar, muito menos se perdemos alguém querido ou se estamos para ser reprovados. E, na busca de um consolo, olharemos as fotos tiradas num tempo em que tudo era mais fácil. Tentaremos entender o que mudou de lá para cá e até mesmo faremos esforço para lembrarmos o motivo daquele sorriso sincero... Isso tudo fará com que desejemos ainda mais nosso mundo de volta e sentiremos uma saudade avassaladora dos amigos que se importavam conosco. E então, depois de um tempo, o que estava errado se arruma, a crise existencial passa e esse instante de saudosismo será visto como apenas um momento de fraqueza.
Exagero? Será que realmente nos lembraremos de ligar uns aos outros no meio da vida conturbada de um administrador, de uma professora, de um advogado, de um turismólogo? Será que faremos questão de lembrar dos aniversários uns dos outros ou quiçá ir visitar um amigo sem nem ligar para o seminário na faculdade do dia seguinte?
Por mais que digamos que “sim, sim, sim”, no fundo sabemos que “não, não, não”. A vida continua, os estudos continuam, o trabalho chega e as pessoas que outrora foram tão especiais e insubstituíveis se apagam com o peso do tempo; e aqueles momentos inesquecíveis, os melhores e mais engraçados de nossa vida, vão se perdendo até se tornarem simples lembranças.
E se a lembrança é a única coisa que restará de nós para nós nos próximos anos, o meu pedido é que realmente as guardem com carinho.
Nunca me esquecerei do dia que ganhamos finalmente a Feira Cultural e saímos pulando pela escola gritando “Por que não? Por que não?”. Nunca me esquecerei das lágrimas que vi cair dos olhos de muitos, nem dos olhos vermelhos daqueles que, como eu, não quiseram se entregar ao pranto. Nunca me esquecerei das músicas cantadas, com ou sem violão e nem da vez que ficamos até tarde comendo pizza até passar mal. Não consigo me esquecer da conversa que tivemos depois da feira e nem mesmo do último dia de aula, que ninguém queria ir embora. Isso para não fala da formatura inesquecível que tivemos. Às vezes até me pego cantando as músicas que vocês inventam para zoar as pessoas e não consigo parar de pensar nos apelidos mais malucos e nas pérolas mais incríveis que meus ouvidos já tiverem de agüentar. Lembrarei-me de vocês como pessoas que fizeram a diferença no momento que estiveram comigo, pois querendo ou não, cada um de nós faz parte da história um do outro e espero que todos peguem sua lição disso.
Acredito no sucesso de vocês, peço que vocês acreditem também.
Com todo o carinho que alguém poderia ter, dedico a vocês, meus amigos do 3º Médio do ETN & Objetivo, este primeiro texto de 2010, e mais todos os outros que virão nos próximos anos.
Amo muito todos vocês,
Rosi Bueno
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