segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Descobertas

Hoje eu descobri algo muito interessante...
Estava eu subinho minha deserta e silenciosa rua- exceto pelo cantar dos pássaros- e parei para pensar no que fiz, estou fazendo e farei da minha vida.
Descobri que já havia errado demais e que naquele momento presente eu estava errando e já planejando meus erros futuros. Mas aquele silêncio -tão incomum para mim- me fez sentir ordinariamente só. Não um só de desamparo, simplesmente a solidão.
Busquei refugio em mim mesma e descobri que eu também já havia me abandonado há tempos.
Gritei, clamei, urrei... mas nada naquela rua mudou... os pássaros continuaram seu canto, as casas continuaram em sua triste condição de imóvel e as pessoas continuaram seus santos rituais de almoço em frente a tv.
Nunca me senti tão só, mas naquele instante, a única que poderia me ajudar fez questão de aparecer: minha consciência. Meus sentimentos, então, logo mudaram: não estava mais só, estava comigo! E nunca uma solidão me fez tão bem! Foi então que eu disse para mim mesma: "Mim mesma, vamos escrever nossa própria história agora?" Escutei um "demorou" dentro de mim.
Naquele momento fiz minha grande descoberta: não importa se todos me abandonassem, criticassem meus atos ou fizessem pouco caso dos meus sonhos, eu sempre teria eu mesma me apoiando em todas as besteiras e sonhos que eu tivesse e que nunca me deixaria só. Naquele momento me senti com o poder de mudar minha vida.
Entrei em minha casa imóvel escutando o infindável canto dos pássaros e fui realizar meu santo ritual de almoço (anormalmente - em relação aos demais seres- junto com minha família e ao redor de um objeto que chamo de mesa).
Terminei de fazer minhas coisas e voltei a rua uma nova pessoa. Certo é que os pássaros continuaram seu canto e o mundo continuou com suas injustiças e o dólar continuou a cair e a vida de todos continuou a mesma porcaria ou a mesma benção. Mas eu, foco principal de mim mesma -a partir daquele momento-, estava muito bem.
Alguns podem chamar isso tudo de egoísmo, mas eu prefiro chamar de amor próprio.
Descobri que nem tudo vale a pena, mas é mais fácil acreditar que vale. Portanto, decidi que vale a pena publicar ao mundo minhas descobertas.

Um comentário:

NeNe - Eu como sou... disse...

Que bunitinho. ^^

E muitas descobertas estão por vir, umas boas, outras ne tanto, outras más e outras ainda piores, mas tudo faz parte do nosso aprendizado.

E deixo aquela repetidade mensagem:

"Não importa em quantos pedaços o se coração de despedace, o mundo não pára para que você o concerte".

E digo mais, talvez o nosso 'amor-próprio' seja um dos poucos amores humanos verdadeiros que temos, portanto, CONSERVE-O. :,)

^^